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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

NOTÍCIA

Inspirou este livro de Luiz Ernesto Kawall o amor às coisas ligadas às artes – pois foi uma curiosidade pessoal que determinou o numeroso e longo itinerário pelos ateliês dos artistas abrangidos nesta paginação selecionada, viva e vivida na dialogação, evocando raízes, fontes, origens, influências, opções. 

Emergiu então desse dialogar a série dos capítulos que formam este volume, e que dispensariam esta esquina referencial. Quer, porém o A. que um crítico de arte embora da militância venha contribuir também com um alinhavado para o brilho destas bandeiras desfraldadas, em que sopram as inquietações de nosso tempo, envolvendo a obra de arte em várias modalidades. E daí a presença destas linhas, que se justificam, também, por termos acompanhado esse trabalho, no jornal que semanalmente veio trazendo à tona os testemunhos do homem do garimpo. 

Nesta última feição, nosso aplauso ao esforço de Luiz Ernesto Kawall vale alguma coisa, na pretensão imodesta, pois a qualidade de tempo curtido marcou o seu vinco de veterano nesta tarefa – A TRIBUNA há décadas tem recebido bastante de nosso esforço. E foi nestas páginas de A TRIBUNA que Luiz Ernesto veio imprimindo, sempre aos domingos, seu atento registro do diálogo com os artistas, e com isto merece ter destacada a função cultural exercida no meio em que insere a sua atuação. 

Caberá, portanto, também, além do esforço já louvado pela simples realização do trabalho jornalístico, salientar o interesse com que os editores de A TRIBUNA, Giusfredo Santini e Roberto Mario Santini, têm prodigalizado seu apoio pertinentemente às tarefas culturais, insuflando iniciativas, estimulando a inspiração década setor em que possam ser assinaladas marcas consequentes, no sentido da maior divulgação artística e intelectual. 

Daí ter-se facilitado a abertura de páginas dedicadas à cultura, às artes, à literatura, especificamente, sem que os que se dedicam a tais setores, sistemática ou ocasionalmente, encontrem qualquer restrição – o que deles se reclama do alto da direção de A TRIBUNA é a continuidade no empreendimento. Então, se regularmente o jornal de Olympio Lima e de Nascimento Junior acompanha, em seções especializadas, os fatos da cultura, estes se desdobram, toda vez que, num caso como este, de Luiz Ernesto Kawall, surge uma iniciativa particularizada, a incorporar-se ao todo do tradicional matutino. 

Daí a colher torta que entrou neste último arranjo do livro de Luiz Ernesto, que precisa ir cuidando de imaginar outras aventuras, tão belas como a que aqui aparece cumprida. Geraldo Ferraz

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