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segunda-feira, 6 de julho de 2015

CHICO VOLTA EXPLORADO



Chico da Silva, o famoso primitivo, índio do Acre, morador em Fortaleza, está novamente entre nós - desta vez expondo na Art Nueva, de Mary de los Angeles Fernandez Diaz.
É o mesmo Chico de sempre, de tez morena e face larga, os dentes de ouro sobressaindo no sorriso fácil. Ali estão, na galeria de Mello Alves, 40 telas suas mostrando os monstros endemoniados e bichos ancestrais de sua fantasia arquetípicas. A técnica caiu, pois Chico, sofrendo de cirrose (e ainda bebendo), mistura momentos de lucidez com outros de tontura e dor. O Chico de Sempre, envolvido com Marchands que o exploram. Dezessete telas foram vendidas, aos prelos de Cr$ 5 a Cr$ 15 mil, e outras 23 ficaram apensas a um inquérito policial. Chico abre um sorriso largo, fala que atualmente só assina telas que realmente faz e que continua vítima de gente esperta e desalmada.


Ainda pinto muito, sim, vou casar e pretendo agora mostrar minha arte no Rio de Janeiro”, diz ele, antes do trago de guaraná com pinga. Assim, continua sua sina o velho Chico de sempre - um dos grandes nomes da arte primitiva brasileira em todos os tempos.
O crítico Jacob Kilntowitz é o novo membro do Conselho de Arte e Cultura da Fundação Bienal de São Paulo, ao lado de Alberto Beuttenmuller, Leopoldo Raimo, Marc Berkowitz, Maria Bonomi e Yolanda Mohaliy. A Bienal prepara a grande ostra latino-americana deste ano, e Jacob - que terá um livro de críticas editado pela Espade, neste ano - e seus companheiros estudam a participação brasileira no certame. Fala-se no convite a 60 artistas escolhidos pelo conselho, representativos da arte brasileira atual.


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