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quarta-feira, 22 de julho de 2015

José Antonio da Silva

Maior gênio de nossa arte
José Antonio da Silva
Fez bem a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores de São José do Rio Preto, em homenagear o artista José Antonio da Silva, agora completando 43 anos de arte, toda ela dedicada superiormente às belezas e aos cantares de nossa terra e da nossa gente. A prefeitura, editando detalhado folheto biográfico do mestre primitivista, e a digna edilidade conferindo-lhe título honorífico, que iguala Jose Antonio da Silva aos maiores rio-pretenses de todos os tempos. 

Circo cacareco - óleo sobre tela

Não canso de repetir, bem antes do prof. P. M. Bardi, que o Silva é glória nacional e tudo que se fizer em sua homenagem agora, repercutirá na posteridade e na memória artística deste País, com a espontaneidade dos atos dignos. Nada há a temer, pois José Antonio da Silva é hoje reconhecidamente um dos grandes artistas do Brasil neste século. 

Se não, vejamos. Silva começou há 4 décadas, descoberto por João da Cruz Costa, Paulo Mendes de Almeida e Lourival Gomes Machado. Logo se impôs, com sua arte ingênua, roceira e pura. Incentivado por “Ciccillo” Matarazzo, Teon Spanudis e Carlos Pinto Alves, ganhou hora e vez em S. Paulo, destacando-se em Bienais e individuais de grande porte. Foi quando o conheci, por volta de 1951, e nunca mais o deixei de vista, seja como crítico e reportes de Artes, seja como amigo sincero e desinteressado. Ele muito lutou, brava e corajosamente, até ganhar lugar certo na constelação maior da arte verde-amarela. 

Paisagem rural

Cresceu autodidatamente, sozinho, auxiliado unicamente pelo seu talento incomum e sua genialidade. Não foi bafejado pela crítica ou pelas rodinhas, governos de quaisquer espécies e/ou instituições culturais. E seu nome ganhou respeito e as manchetes, face à sua vida atribulada, de absoluta autenticidade, fato que o torna ainda mais admirado pelos seus conterrâneos. Silva é um caso único em nossa arte, e sua própria vida é uma estória fascinante,a merecer estudo de um analista maior, como um Nivaldo Carrazoni, ou de um cineasta, da marca de uma Ruy Guerra ou um Hector Babenco. 

Casa no campo

Vejam, todos, bem. Da semana de 1922, marco da arte moderna no Brasil, qual o artista que tem maior volume de obra nos vários campos que se divide a inteligência humana? Tarsila ficou na pintura e no desenho ingênuos, em que foi artista de primeira plana. Volpi chegou às maiores altitudes, com uma arte cerebral, de maravilhosa intuição e inspiração popular. Di Cavalcanti retratou o carnaval, as mulatas e o cotidiano do rio de Janeiro. E Portinari, talvez considerado o mais famoso de todos, pintou o drama social do nordestino e as cenas interioranas de que foi um mestre. 

Nosso Silva, nesses 40 anos incansáveis, não fez só pintura – onde, na cena/visão rural, não tem paralelo com nenhum outro artista contemporâneo. Fez, além da pintura, Literatura (5 livros), Cinema (1 filme), Música (2 discos), Folclore e Teatro (1 peça). Em conjunto de obra, marcadame

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