Quando as coisas se tornarem negras
Aclare...
Quando as luzes ficarem ofuscantes
Apague...
Quando as dores ficarem lancinantes
Socorra...
Quando os gritos atingirem os céus
Escute...
Quando os sons chegarem ao insuportável
Diminua...
Quando a fome rondar os habitantes
Provenha...
Quando as almas vagarem sozinhas,
Una...
Quando os chefes se tornarem prepotentes
Contenha...
Quando a predação atingir a natureza,
Plante...
Quando o automatismo liquidar a iniciativa
Individualize...
Quando as águas não chegarem às flores
Regue...
Quando as crianças não puderem aprender
Ensine...
Quando os jovens ficarem sem perspectiva
Oriente...
Quando a vilania iludir os ingênuos
Apóie...
Quando só restar a escuridão
Ilumine...
Quando os velhos ficarem sem consolo
Ajude...
Quando o mundo for um só robô
Humanize...
Quando você existir assim
Você estará vivendo
Um poema
De amor...
Que será eterno
Luiz Ernesto
22.10.85 (para os colegas da A.C.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário