segunda-feira, 5 de junho de 2023

BOM DIA, COLIBRI

1. Num dia distante, Ubatuba viu chegar aqui, vinda da Ilha Bela, a figurinha frágil de Idalina do Amaral Graça, que, logo, se integrou à vida da cidade, tornando-se ao fim de sua vida terrena, personalidade notável, fascinante e querida por todos. Idalina era pequena por fora, mas, forte por dentro. Foi seguidamente dona de casa, comerciante, hoteleira, radialista, defensora dos pobres e espiritualista iluminada, capaz de transmitir mensagens e dar bênçãos aos mais aflitos. De “Ciccillo” Matarazzo a Washington de Oliveira, de Flavio Girão Carvalho ao Da Motta e à Isabel, de Felix J. Francisco a Wladimir de Toledo Piza, de Paulo Florençano ao autor destas linhas, a tantos e tantas gentes, a Velha Sábia, de que falava Jung, iluminou com a sua graça e a sua sabedoria. 

 2. E fez bem, com o exemplo de sua vida simples – a dar tudo, mas tudo mesmo, do que tinha ou ganhava – ela só vivia com a roupa do corpo – aos mais necessitados, e com a iluminura radiosa de seu jeito de caiçara autêntica, com suas gargalhadas e contando estórias do mais humano sabor. 

3. Foi poetisa e escritora – seu excelente “Bom dia, Ubatuba”, já está em segunda edição, enquanto a Prefeitura Municipal, em justa homenagem do prefeito Pedro Paulo, prepara o livro sobre sua vida. O Governo do Estado, também a homenageou, dando o nome da nossa escritora caiçara – que foi amiga, de era admirada entre outros, por Monteiro Lobato – à escola do bairro do Ipiranguinha. E dentro de pouco tempo, no “Idalina Graça”, será inaugurada a Biblioteca “Monteiro Lobato”, que servirá aos escolares e adultos de todo o bairro. É a Idalina, velha-de-guerra, presente, uma vez mais, entre as crianças a gente simples de Ubatuba, que adotou e que tanto amava. 

4. Para os que ainda têm dúvida da presença espiritual de Idalina Graça entre nós, hoje, aqui vai, por lembrança de Felix J. Francisco, esta mensagem ditada pelo espírito de luz de Idalina, à sensitiva Valéria, em sessão realizada em sua chácara no Perequê-Açú. É uma mensagem de saudade e de paz, com todo o estilo e a vibração da grande amorosa, que nos olha e nos protege lá de cima – agora, sempre, como um “colibri de asas douradas”. 

Ei-la: “Quero mandar um recado para os filhos muito queridos, que Deus me deu numa manhã maravilhosa na praia. Eu encontrei uma família maravilhosa, e hoje eu, num mundo diferente, sinto muitas saudades, gostaria de estar junto de vocês e só posso mandar minhas vibrações, minha saudade, meu amor, meu amor e pedir apo Pai Nosso que nos abençoe e dê paz.

Bendita flor que perdeu o perfume, esse perfume se transformou em semente e vai se transformar em outra flor desabrochada, e um dia vira saudade. Eu virei um colibri de asas douradas, isso é para minha família. 

Meu filho Da Motta e Isabel. Eu também cumprimento meu aparelho. Meu recado para ela: muitas vezes num crepúsculo eu me encontro com José e Gerson e outros amigos.

Se possível levar meu abraço ao meu amigo Wladimir de Toledo Piza. Também ao Amauri, meu amigo. Felix você me tirou de tantas.

Vou deixar meu aparelho, vou bater minhas Asas Douradas.

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