terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Poema...

Quando as coisas se tornarem negras 
Aclare... 
Quando as luzes ficarem ofuscantes 
Apague... 
Quando as dores ficarem lancinantes 
Socorra... 
Quando os gritos atingirem os céus 
Escute...
Quando os sons chegarem ao insuportável 
Diminua... 
Quando a fome rondar os habitantes 
Provenha... 
Quando as almas vagarem sozinhas, 
Una... 
Quando os chefes se tornarem prepotentes
Contenha... 
Quando a predação atingir a natureza, 
Plante... 
Quando o automatismo liquidar a iniciativa 
Individualize... 
Quando as águas não chegarem às flores 
Regue... 
Quando as crianças não puderem aprender 
Ensine... 
Quando os jovens ficarem sem perspectiva 
Oriente... 
Quando a vilania iludir os ingênuos 
Apóie... 
Quando só restar a escuridão
Ilumine... 
Quando os velhos ficarem sem consolo
Ajude... 
Quando o mundo for um só robô 
Humanize... 
Quando você existir assim 
Você estará vivendo 
Um poema 
 De amor... 
Que será eterno 

Luiz Ernesto 22.10.85 (para os colegas da A.C.)

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