domingo, 22 de novembro de 2020

É tempo de conferir

Ao completar quatro anos à frente do governo do S. Paulo, Abreu Sodré diz que pode continuar a olhar o povo de frente. Que honrou a confiança popular, como político e como administrador. Como primeiro governador eleito pela Revolução em S. Paulo, posso afirmar que cumpri todas as metas revolucionárias. Para começar, as finanças do Estado estão em absoluta ordem. E obras, gigantescas, alcançam todos os rincões do Estado. E Sodré passa a enumerar os sucessos de sua administração, setor a setor. Os mais destacados: Educação (escola para todos); Energia (batidos todos os recordes); Saneamento básico (triplicado oi sistema existente); Obras (com ênfase especial para a construção de hospitais e unidades integradas de saúde); Transportes (4 mil km recapeados, 2 mil km pavimentados, 1.500 km projetados); Fazenda (finanças saneadas, Banco do Estado triplicou seus depósitos e investimentos, a ação da Caixa Econômica atinge todo o Estado, criado o BADESP para financiar especialmente a agricultura); Agricultura (plano de renovação cafeeira, reflorestamento levado a sério, incentivos às culturas de subsistência); e por fim, Arte e Cultura, com o tombamento do Sítio de Monteiro Lobato, da casa onde morou Portinari, criação de museus de arte especializados (sacro, imagem e som, casa brasileira). E vai por aí nosso governador de 52 anos, político desde a mocidade, administrador equilibrado e audaz. Que, depois de 15 de março, é candidato mais uma vez. Ao retorno dos seus e à sua banca de advogado. É tempo de conferir. E as obras de Sodré estão aí. Estão conferidas. 

O pito de Médici 
O senador Magalhães Pinto andou falando muito. E Rondon Pacheco pregou sem reservar e esperança de que com a rapidez desejada pelo povo, seja logo alcançada a plenitude democrática. Mas Médici, no jantar da ARENA, foi duro e taxativo: a linha política não muda. O AI-5 continua como instrumento válido. Diz o presidente da República e o chefe da Revolução: Não vejo... nenhuma razão para que sequer se cogite em alterar , seja no plano administrativo, seja na esfera política, as linhas dentro das quais a Nação está sendo conduzida. Considero que qualquer desvio de rumo, nesse particular, comprometeria gravemente a atmosfera de paz e de tranqüilidade de que o Brasil necessita para sustentar o ritmo de progresso, pelo qual ora se distingue. Em resumo: Médici continua a ser o leão da arena. 

A TRIBUNA 7 de fevereiro de 1971.

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